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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Provas e Bençãos

dição 121 | Janeiro de 2013



PROVAS E BÊNÇÃOS
Emmanuel  •  psicografia de Francisco Cândido Xavier

Esforçando-te por superar dificuldades e contratempos, nas áreas da reencarnação, recorda o patrimônio das bênçãos de que dispõe, a fim de que os dissabores e empeços educativos da existência não te sufoquem as possibilidades de trabalhar e de auxiliar.

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Atravessas incompreensões e tribulações em família. Entretanto, possuis saúde relativa e recursos, ainda que mínimos, para vencê-las construtivamente até que se extingam de todo.
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Sofres com os entraves do parente difícil. Todavia guardas contigo a luz da compreensão, de modo a ajudá-lo a solver os conflitos e inibições de que se sente objeto.
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Trabalhas afanosamente na proteção econômica indispensável a vários entes queridos. Mas não te escasseiem energias e oportunidades de serviço, a fim de ampará-los até que te possam dispensar o concurso mais intenso.
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Respondes por determinadas tarefas de socorro material e espiritual em benefício de muitos, e em muitas circunstâncias sentes a presença da exaustão. No entanto, aparecem providencialmente criaturas e acontecimentos que te refazem as forças para que a obra continue.
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Assumistes pesadas obrigações que te compelem a enormes prejuízos a favor de outrem, e, por vezes, te supõe na total impossibilidade de satisfazer aos compromissos próprios. Contudo, novo alento te visita o espírito e pouco a pouco atinges a liquidação de todos os débitos que te oneram a responsabilidade.
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Em todas as provas que te assaltem os dias, considera a quota das bênçãos que te rodeiam. E, escorando-te na fé e na paciência, reconhecerás que a Divina Providência está agindo contigo e por teu intermédio, sustentando-te em meio dos problemas que te marcam a estrada, para doar-lhes a solução.


FINANCIAMENTO ESPIRITUAL
J. Herculano Pires (Irmão Saulo)


A reencarnação é uma espécie de empreendimento a que o espírito se abalança no mundo. Ao deixar o plano espiritual para voltar à Terra, ele já tem em mente o seu programa. Sua permanência fora do corpo permitiu-lhe fazer o balanço completo de seus misteres e possibilidades. Apurou o deve e o haver na contabilidade da vida e planejou o seu reequilíbrio financeiro. Vem para a terra com certos recursos para os investimentos necessários. Dispõe das moedas da compreensão, da esperança, da resignação, do discernimento, da coragem, da fé e da paciência. São os recursos da experiência anterior amealhado no Banco da Consciência.
Mas nem sempre, na voragem das transações humanas, os recursos próprios são suficientes. Há momentos em que parece impossível cambiar as moedas espirituais pelas moedas terrenas. Os desajustes e as incompreensões no lar, os desacertos na profissão, a incompreensão dos amigos e a ganância dos companheiros, a ambição e a frieza dos corações, superam de muito a resistência do espírito. É então que ele precisa recorrer ao Banco da Consciência, escudado na fé e na paciência, para obter financiamento espiritual.
Emmanuel coloca esse problema na mensagem em estudo, advertindo-nos de que tudo depende de nós mesmos. Nossos próprios recursos, embora mínimos, respondem pelo crédito de que necessitamos. Basta recorrer aos depósitos de fé e paciência que trazemos em nós, para que tudo se solucione. Não há necessidade de endossantes terrenos. A economia divina funciona acionada pelos mecanismos internos do espírito. Por isso mesmo, não há o perigo da recusa por parte de banqueiros da Terra. E, assim sendo, não pode haver desespero por parte do espírito necessitado.
A fé e a paciência são as grandes molas que nos sustentam e nos impulsionam na execução de nossos compromissos espirituais. Basta examinarmos a conta-corrente do nosso dia a dia para vermos quantos créditos eventuais nos foram abertos de surpresa, nas horas mais amargas. São as bênçãos que amenizam as provas no empreendimento da reencarnação.


Artigo publicado originalmente na coluna dominical "Chico Xavier pede licença"
do jornal Diário de S. Paulo, na década de 1970.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Filhos Doentes


Reproduzimos aqui artigo publicado na coluna dominical "Chico Xavier pede licença" do jornal Diário de S. Paulo, na década de 1970.
Ele apresenta a mensagem Filhos doentes, ditada a Chico Xavier pelo espírito Emmanuel, que J. Herculano Pires (utilizando-se do pseudônimo Irmão Saulo) comenta por meio do seu texto As marcas do carma.
Aproveite e veja também as outras colunas que já estão no ar.


FILHOS DOENTESEmmanuel • psicografia de Francisco Cândido Xavier
Sem dúvida estimariam encontrar em todos os teus filhos criaturas ideais a corporificarem as tuas mais belas esperanças.
Entretanto, surpreendes aqueles que surgem doentes, muito em particular os enfermos da alma, a te pedirem compreensão e paciência, abnegação e consolo.
Nunca te inclines a considerá-los transviados ou delinquentes.
São amigos de existências passadas e que trouxeste ao presente pelos prodígios do amor, a fim de que se renovem.
Muitos deles se faziam associados de luta noutras reencarnações, e em muitas outras reencarnações se perderam em espinheiros de angústia ou se internaram em túneis de sombra, direta ou indiretamente por tua causa.
Dementados nos pesadelos e nas lágrimas da culpa, fora do plano físico, suplicavam asilo – o asilo que lhes ofereceste no lar, onde jazem hospitalizados em teu carinho.
Auxilia-os com o amparo da ciência do mundo, porque a ciência do mundo verte originariamente da Providência Divina em favor de todas as criaturas. Mas não olvides aplicar em auxílio deles a terapêutica do amor, esquematizada em tolerância e bondade, ternura e compreensão – a única suscetível de sanar o desequilíbrio espiritual, onde o desequilíbrio espiritual apareça.
É possível que se erijam para teu coração, por algum tempo, na Terra, em graves desafios ao devotamento, seja criando-te incompreensões transitórias ou abatendo-se na tua sensibilidade por fardos de aflição. Ainda assim, lembra-te das concessões que os poderes da espiritualidade maior te fizeram, confiando em tua capacidade de abençoá-los e transformá-los para a vitória do bem.
Os filhos são sempre professores de elevação e espiritualidade que a vida te concede, para que te clareiem os domínios da lama. No entanto, os filhos doentes são mensageiros de amor que Deus te envia, para que o amor se desentranhe de qualquer forma do egoísmo existente e se inflame de luz, na luz da sublimação.

AS MARCAS DO CARMAIrmão Saulo
Todos nós carregamos a marcas do carma. A palavra carma não pertence ao espiritismo, mas o seu uso se generalizou entre nós. Trata-se de um termo budista, de origem sânscrita. O seu uso é bastante prático, reduzindo a apenas cinco letras expressões como estas: consequências de vida anterior ou reações de atos praticados em vidas passadas. Esse o motivo principal de sua vulgarização no meio espírita. As marcas do carma podem ser elementos valiosos de identificação, nos casos de pesquisas científicas sobre a reencarnação.
Na mensagem de Emmanuel em questão, o problema central é o carma, mas a lição fundamental é o amor. Tratando dos filhos doentes, Emmanuel adverte: “Nunca te inclines a considerá-los transviados ou delinquentes.” Isso porque, em geral, consideramos as marcas do carma como castigos divinos. O espiritismo nos revela que não se trata disso, mas de consequências naturais do processo evolutivo do espírito.
O filho retardado ou possuidor de um defeito físico não está sendo punido por Deus, mas pela sua própria consciência. O mau ato que praticou provoca-lhe um desequilíbrio energético na estrutura psíquica, e esse desequilíbrio reflete-se no organismo físico. São acidentes da evolução, semelhantes aos acidentes do trabalho em nossas atividades terrenas.
No livro do prof. Ian Stevenson, 20 casos sugestivos de reencarnação, podemos ver que os pesquisadores atuais confirmam plenamente essa explicação espírita. Um caso do Ceilão, por exemplo, o de Wijeratne Hami, que havia assassinado sua esposa a punhal na vida anterior e nascera com deficiência graves no braço e na mão criminosos, é eloquente prova nesse sentido. O prof. Stevenson não é espírita. É o diretor do Departamento de Neurologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos.
O filho doente é sempre um companheiro de vida passada que volta ao nosso encontro pedindo auxílio e proteção. Não devemos encará-lo como criminoso, mas como um acidentado que merece socorro. Ajudando-o a se reajustar, com amor e carinho, ajudamo-nos também a nós mesmos, elevando-nos em nossa condição espiritual.

CHICO: UMA "APELAÇÃO"
Comentarista eclesiástico de um dos jornais da capital resolveu enfrentar o “caso” Chico Xavier. Descontente com a enorme repercussão da entrevista do médium, no Canal 4, no programa Pinga Fogo, dirigido por Almir Guimarães, afirmou que tudo não passa de “apelação”. Os espíritas, segundo ele, tendo perdido Arigó, agora “promovem o Chico”. E completa a sua suposição declarando que a parapsicologia prova que o fenômeno Chico Xavier é apenas a manifestação do inconsciente do médium.
Duas falsidades numa só crônica: não foram os espíritas que convidaram Chico para o Pinga Fogo, e a parapsicologia, pelo contrário, admite a comunicação mediúnica, fazendo perfeita distinção entre escrita automática e psicografia.
Os fenômenos de escrita direta e as gravações do “inaudível”, feita aos milhares pelo dr. Raudive na Alemanha e pelo dr. Giuseppe Crosa na Itália, além de outros, provam de sobejo que os espíritos se comunicam de maneira inequívoca. E se não fosse assim, o que seria das religiões nesta era científica?